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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Educação a Distância: abordagens teórico-pedagógicas

Um fator determinante na construção de um curso a distancia é o respeito pelos estilos de aprendizagem que é a maneira pela qual o indivíduo percebe, processa e retém a informação (Kuri et al, 2004). Os estilos de aprendizagem são maneiras que uma pessoa utiliza para conseguir aprender o que lhe é proposto. Os estilos são pessoais, pois cada pessoa apresenta facilidade em um determinado estilo e dificuldade em outro. Segundo Carter (2000), estilo de aprendizagem é um modo particular na qual o cérebro recebe e processa a informação. Não há um modo certo de aprender ou a melhor maneira de aprender. São diversos os estilos que se adéquam a diferentes ocasiões. Cada pessoa tem seu estilo próprio de aprender. Ter o conhecimento de como a pessoa aprende é fator determinante para saber quem ela é. Esta é uma informação crucial para professores, sejam eles presenciais ou virtuais, pois se eles conhecem os estilos de aprendizagem de seus alunos poderão motivar a sua aprendizagem.

Na Educação a Distância através de um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), a interação entre professor e alunos não é fácil, o professor não sabe muito bem quem são os seus alunos, ele não sabe também quais são as suas prioridades, habilidades ou dificuldades. Por isso a necessidade de se entender o fenômeno da aprendizagem se torna ainda mais crucial, além de respeitar os estilos de aprendizagem dos alunos que são o modo como cada um de nós aprende melhor, é preciso também apreciar a inteligência como possuidora de várias características. Tais características são os talentos, capacidades e habilidades mentais, que são chamadas de inteligências na teoria das Inteligências Múltiplas. Segundo Gardner (2000) “a inteligência é uma propriedade do ser humano, cuja dimensão difere de indivíduo para indivíduo e que se caracteriza pela forma como alguém executa uma tarefa. A inteligência é, essencialmente, a capacidade de resolver problemas”. As múltiplas inteligências advertem que aprendemos de formas diferentes e apontam, também, que as pessoas possuem diferentes habilidades. Alguns são mais predispostos a percepção, outros a visualização de textos, palavras ou imagens, e ainda outros, aos movimentos, sensações ou audição. O mais importante é entendermos que estamos em um continuo processo de desenvolvimento de habilidades e buscando a integração entre elas. Considerando que os AVA’s são ferramentas de comunicação entre professores e alunos, assim como o acesso aos conteúdos, eles se tornam espaços de possibilidades diversificadas de desenvolvimento e aplicação da teoria das múltiplas inteligências. Porém, para isso, é importante que o aluno tenha a chance de interpretar, imaginar e compartilhar os conhecimentos em contato com linguagens atuais, proporcionando assim o desenvolvimento de suas habilidades.

Mas não somente conhecer os estilos de aprendizagem e a teoria das inteligências múltiplas é suficiente para garantir um bom tratamento pedagógico a um curso a distância. É preciso conhecer as teorias pedagógicas e a diferenças entre elas, e dependendo das situações, fazer também adaptações para atingir os objetivos de um curso.



CARTER, C. et. al. Keys to Effective Learning. 2 ed. Ed. New Jersey, Prentice Hall. 2000

GARDNER, H. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

KURI, Nídia Pavan, SILVA, Antônio Nélson Rodrigues da e PEREIRA, Márcia de Andrade. Estilos de aprendizagem e recursos da hipermídia aplicados no ensino de planejamento de transportes. Rev. Port. de Educação. [online]. 2006, vol.19, no.2. Disponível em: http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-91872006000200006&lng=pt&nrm=iso.

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