Este é um espaço para discussão e informação sobre educação em suas diversas modalidades.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Escovação e Mastigação (Material complementar Curso Brava)

“Se você não escovar os dentes direito, o bichinho vai fazer um buraco neles.” Desde cedo, os pais contam histórias como essa para mostrar a importância de cuidar da saúde bucal. Com toda razão, já que prevenção é a palavra de ordem para quem busca um sorriso perfeito. E ela começa desde bebê (salvo enquanto ele mamar exclusivamente no peito, já que o leite protege a região bucal contra bactérias), com a limpeza da gengiva.
A escova certa
Até os 6 meses, o mais indicado é fazer a limpeza da boca  com gaze ou fralda de tecido seca ou umedecida com água filtrada. Aí, basta massagear a gengiva suavemente. 
Depois do primeiro semestre de vida, existem modelos específicos de escova para cada faixa etária, basta checar a indicação na embalagem. A quantidade de cerdas, que sempre devem ser macias, e o tamanho da cabeça vão evoluindo de acordo com o aparecimento dos dentes. E lembre-se de que a escova deve ser trocada mensalmente ou sempre que estiver em mau estado (com as cerdas muito abertas, por exemplo).
A quantidade de pasta
Na hora de usar o creme dental, prefira os infantis, com sabor e concentração de flúor próprios para crianças. O produto para adultos não é proibido (exceto os formulados para clareamento ou combate à sensibilidade – problema que não costuma sugir entre os pequenos mas, se acontecer, deve ser tratado no consultório). Coloque o equivalente à metade de um grão de arroz cru para bebês com até oito dentes da frente. Se a criança já tiver os do fundo, dobre a porção. Por volta de 2 a 3 anos, quando ela já souber cuspir, o parâmetro será um grão de ervilha. A partir dos 5 anos, aumente a quantidade gradualmente.
A importância do fio dental
O fio deve ser usado diariamente (ou pelo menos em dias alternados). E, por falar em frequência, a escovação também precisa ser regular. No caso dos bebês, ela deve ser realizada apenas duas vezes: uma pela manhã e outra à noite. Após o primeiro ano, a rotina alimentar já estará mais definida. Aí, será necessário fazer a higiene bucal três vezes ao dia, sempre depois das refeições. Já os enxaguantes bucais só devem ser utilizados com orientação de um especialista e a partir dos 6 anos.
Como escovar
Aprenda o passo a passo para uma escovação completa:
1. Com a escova paralela à linha da gengiva, faça, durante dez segundos, movimentos circulares em grupos de quatro dentes.
2. Em seguida, as cerdas devem deslizar da gengiva para a ponta dos dentes, inclusive na superfície interna deles.
3. Escove os dentes do fundo com movimentos de vai e vem (trenzinho).
4. Por fim, passe a escova nas bochechas e na língua, pois ali ficam bactérias capazes de causar mau hálito.
Fonte: Revista Crescer
Assista ao vídeo:

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Alimentação Infantil Saudável – Material Complementar (Curso Brava)

A alimentação saudável é de extrema importância para o crescimento, desenvolvimento e saúde de todos os seres.  Os hábitos alimentares inadequados proporcionam problemas de saúde imediatos e a longo prazo. Entender como as preferências alimentares são adquiridas é infinitamente relevante para uma interferência eficaz, no sentido de melhorar a qualidade da alimentação infantil.

Passos para uma vida saudável:

Passo 1 - Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento.
Passo 2 - Ao completar 6 meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais.
Passo 3 - Ao completar 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia, se a criança estiver em aleitamento materno.
Passo 4 - A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança.
Passo 5 - A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; iniciar com a consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família.
Passo 6 - Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida.
Passo 7 - Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas Refeições.
Passo 8 - Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas, nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.
Passo 9 - Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequados.
Passo 10 - Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.

Assista ao vídeo:


Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para crianças menores de dois anos : um guia para o profissional da saúde na atenção básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Skinner e a escola tecnicista (Complemento Curso Brava)

SKINNER

Burrhus Frederic Skinner nasceu em 20 de março de 1904 na cidade de Susquehanna na Pensilvânia. Graduou-se em Psicologia em 1930 e terminou seu doutorado em 1931. Trabalhou na Universidade de Minesota e quando ingressou em Harvard influenciou toda uma geração de estudantes. Morreu em 1990, vítima de leucemia.
Skinner baseou suas teorias na análise das condutas observáveis. Dividiu o processo de aprendizagem em respostas operantes e estímulos de reforço, o que o levou a desenvolver técnicas de modificação de conduta na sala de aula. Trabalhou sobre a conduta em termos de reforços positivos (recompensas) contra reforços negativos (castigos).

Princípios:
1.    Comportamento que é positivamente reforçado vai acontecer novamente. Reforço intermitente é particularmente efetivo.
2.     As informações devem ser apresentadas em pequenas quantidades, para que as respostas sejam reforçadas ("moldagem").
3.     Reforços vão generalizar, lado a lado, estímulos similares (generalização de estímulo) produzindo condicionamento secundário.

Principais Tipos de Reforços:

1. POSITIVO: todo estímulo que quando está presente aumente a probabilidade de que se produza uma conduta. 
2. NEGATIVO: todo estímulo aversivo que ao ser retirado aumenta a probabilidade de que se produza a conduta. 
3. EXTINÇÃO: a qual se apresenta quando um estímulo que previamente reforçava a conduta deixa de atuar. 
4. CASTIGO: igual ao da extinção funciona para reduzir a conduta.

Contrariamente ao que se pensa o reforço negativo não é punição, mas sim a remoção de um evento punitivo; enquanto o reforço aumenta um comportamento, a punição o diminui.   Nos usos que propôs para suas conclusões científicas — em especial na educação —, Skinner pregou a eficiência do reforço positivo, sendo, em princípio, contrário a punições e esquemas repressivos, sugeria que o uso das recompensas e reforços positivos da conduta correta era mais atrativo do ponto de vista social e pedagogicamente eficaz.


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Uso das Mídias na Educação (Vídeo complementar nº1/Brava cursos)


          A  Internet, as redes, o celular, a multimídia estão revolucionando nossa vida no cotidiano. Cada vez resolvemos mais problemasconectados, a distância. Na educação, porém, sempre colocamos dificuldades para a mudança, sempre achamos justificativas para a inércia ou vamos mudando mais os equipamentos do que os procedimentos. A educação de milhões de pessoas não pode ser mantida na prisão, na asfixia e na monotonia em que se encontra. Está muito engessada, previsível, cansativa.
As tecnologias são apoio, meios. Mas elas nos permitem realizar atividades de aprendizagem de formas diferentes às de antes. Podemos aprender estando em juntos em lugares distantes, sem precisamos estar sempre juntos numa sala para que isso aconteça.
Muitos expressam seu receio de que o virtual e as atividades a distância sejam um pretexto para baixar o nível de ensino, para aligeirar a aprendizagem. Tudo depende de como for feito. A qualidade não acontece só por estarmos juntos num mesmo lugar, mas por estabelecermos ações que facilitem a aprendizagem. A escola continua sendo uma referência importante. Ir até ela ajuda a definir uma situação oficial de aprendiz, a conhecer outros colegas, a aprender a conviver. Mas, pela inércia diante de tantas mudanças sociais, ela está se convertendo em um lugar de confinamento, retrógrado e pouco estimulante.
O conviver virtual vai tornar-se quase tão importante como o conviver presencial. A escola precisa de uma sacudida, de um choque, de arejamento. Isso se consegue com uma gestão administrativa e pedagógica mais flexível, com tempos e espaços menos predeterminados, com modos de acesso a pesquisa e de desenvolvimento de atividades mais dinâmicas.
Passando pelos corredores das salas das universidades, o que se vê é quase sempre uma pessoa falando e uma classe cheia de alunos semi-atentos (na melhor das hipóteses). A infra-estrutura é deprimente. Salas barulhentas, a voz do professor mal chega aos que estão mais distantes. Conseguir um datashow na maioria delas é uma tarefa inglória. Muitas vezes existe um único equipamento para um prédio inteiro.
É hora de partir para soluções mais adequadas para o aluno de hoje. Os adultos mantemos o status quo, em nome da qualidade, mas na verdade nos apavoramos diante da mudança, do risco do fracasso. Mas o fracasso não está bem na nossa frente? Quantos alunos iriam a nossas aulas se não fossem obrigados? Há maior fracasso do que este?
A escola pode ser um espaço de inovação, de experimentação saudável de novos caminhos. Não precisamos romper com tudo, mas implementar mudanças e supervisioná-las com equilíbrio e maturidade.
Manter o currículo e as normas, tal como estão, na prática é insustentável. As secretarias de educação precisam ser mais proativas e incentivar mudanças, flexibilização, criatividade.

Professores, alunos e administradores podem avançar muito mais em organizar currículos mais flexíveis, aulas diferentes. A rotina, a repetição, a previsibilidade é uma arma letal para a aprendizagem. A monotonia da repetição esteriliza a motivação dos alunos.

São muitos os recursos a nossa disposição para aprender e para ensinar. A chegada da Internet, dos programas que gerenciam grupos e possibilitam a publicação de materiais estão trazendo possibilidades inimagináveis vinte anos atrás. A resposta dada até agora ainda é muito tímida, deixada a critério de cada professor, sem uma política institucional mais ousada, corajosa, incentivadora de mudanças. Está mais do que na hora de evoluir, modificar nossas propostas, aprender fazendo.

O sistema bimodal – parte presencial e parte a distância - se mostra o mais promissor para os alunos da quinta série em diante. Reunir-nos em uma sala e reunir-nos através de uma rede são os caminhos da educação em todos os níveis, com diferentes ênfases. As crianças precisam ficar muito mais tempo juntas do que conectadas. Mas à medida que vão crescendo, o nível de interação a distância deve aumentar progressivamente.

Hoje obrigamos os alunos a ir a um local para aprender. Em determinados momentos isso é um contra-senso. O importante é que gostem de aprendem de várias formas, motivados, utilizando as potencialidades de estar juntos e de estar em rede. Os alunos gostam da comunicação online, da pesquisa instantânea, de tudo o que acontece just in time, naquele momento. As salas de aula precisam estar equipadas com acesso a Internet para mostrar rapidamente o resultado de uma pesquisa em tempo real na sala. Os alunos necessitam de mais laboratórios conectados, principalmente os mais carentes, sem esse acesso em casa. Para alunos com acesso a Internet é possível realizar uma parte do processo de aprendizagem a distância/conectados. E os alunos sem esse acesso poderiam fazer essas mesmas atividades nos laboratórios.

Todos os que estamos envolvidos em educação precisamos conversar, planejar e executar ações pedagógicas inovadoras, com a devida cautela, aos poucos, mas firmes e sinalizando mudanças. Sempre haverá professores que não querem mudar, mas uma grande parte deles está esperando novos caminhos, o que vale a pena fazer. Se não os experimentamos, como vamos a aprender?

Não basta tentar remendos com as atuais tecnologias. Temos quer fazer muitas coisas diferentemente. É hora de mudar de verdade e vale a pena fazê-lo logo, chamando os que estão dispostos, incentivando-os de todas as formas – entre elas a financeira – dando tempo para que as experiências se consolidem e avaliando com equilíbrio o que está dando certo. Precisamos trocar experiências, propostas, resultados.
Autor: José Manuel Moran
Extraído de:http://www.eca.usp.br/prof/moran/educatec.htm